terça-feira, 2 de julho de 2019

Historias de bicicletária...

Arthur Macedo
Perto da cavalhada vivia um grande ciclista, já master, que agora se dedicava a pasear e ensinar aos jovens sobre ciclismo...
Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de andar com qualquer ciclista...

Certa tarde, um ciclista conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante.
O jovem e impaciente ciclista jamais havia perdido uma corrida. Conhecendo a reputação do ciclista da master estava ali para deixalo de roda, e aumentar sua fama. Todos do pelotão se manifestaram contra a idéia, mas o ciclista da master aceitou o desafio.
Foram todos para a orla da cidade, e o jovem começou a insultar o ciclista veterano. Andou em zig zag, apertou o freio quando estava puxando, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais.
Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o ciclista veterano permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso e jovem ciclista pingou de roda...
Desapontados pelo fato de que o ciclista veterano aceitou tantos insultos e provocações, os ciclistas do pelotão perguntaram: "Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não, deu uma cutuvelada ou um ataque na 53x11 mesmo sabendo que podia perder no sprint ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?"
O Ciclista ja master falou...
´´Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita,
a quem pertence o PRESENTE? A quem tentou entregá-lo
O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os INSULTOS - Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você.
As pessoas não podem lhe tirar a calma, só se você permitir..."

Esse texto é uma adaptação de uma historia que eu escutava quando criança na bicicletaria. 

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